O mês de Março foi muito difícil para o mercado financeiro como um todo. A pandemia do novo coronavírus (Covid-19), derrubou de forma ampla os investimentos. No Brasil, os principais índices de referência do mercado, seja na renda fixa, ou na renda variável, acumularam grandes desvalorizações. Na renda fixa, o IMA-B (Índice de mercado Anbima) desvalorizou -6,97%, enquanto que o Ibovespa, acumulou queda de -29,90% no mês de março. Nesse cenário, a rentabilidade do Plano de Benefício Definido (BD) foi negativa em -0,51% enquanto a cota do Plano de Contribuição Definida (CD) teve o maior impacto para um mês, desde a sua criação em Janeiro de 2007, com rentabilidade negativa de -5,40%. Esse impacto menor no Plano de Benefício Definido (BD) decorre das características distintas entre os planos, principalmente no que se refere a formação da carteira.
A carteira do Plano de Benefício Definido (BD) está majoritariamente aplicada em renda fixa (83,38%), e com exposições menores em outros segmentos, como renda variável (4,61%), investimentos estruturados (2,04%), imóveis (8,77%) e operações com participantes (1,20%). Considerando a carteira atual do Plano BD, a relação solvência/liquidez demonstrada nas nossas projeções, indicam que os pagamentos atuais e futuros dos benefícios de aposentadoria estão garantidos.
Na carteira do Plano de Contribuição Definida (CD), também formada majoritariamente por renda fixa (86,16%), e com exposições menores em outros segmentos, como renda variável (6,28%), investimentos estruturados ( 4,82%) e operações com participantes (2,74%). Com a composição das carteiras dos Planos administrados pela Faelce, observa-se uma baixa exposição de risco, e uma sólida composição dos ativos e a liquidez adequada para cumprir com os compromissos de pagamento de benefícios do Plano CD.
No mês de Março de 2020, a curva de juros que estava em trajetória descendente, mudou abruptamente em função do pânico que tomou conta dos mercados pelos efeitos da pandemia da Covid – 19. Além da subida repentina dos juros, a bolsa despencou rapidamente.
Esses movimentos fizeram efeito na precificação dos ativos constantes da carteira do plano, impactando as exposições em renda fixa, e por extensão, também os investimentos estruturados, pois quando há uma elevação na curva de juros, ocorre um efeito negativo nos preços unitários dos ativos que estavam expostos à essa curva, como é o caso da NTN-B (Nota do Tesouro Nacional série B (NTN-B) por exemplo. Esse fenômeno é conhecido no jargão do mercado financeiro como “Marcação a mercado”, e não significa que houve a realização de perda efetiva, pois não houve venda dos ativos, apenas houve um alinhamento de preços adaptando-se a nova realidade que o mercado está passando, sendo que esse efeito é transferido para a cota do plano, e por consequência, afeta os saldos das reservas individuais, no caso dos participantes e assistidos do Plano de Contribuição Definida (CD) .
Na renda variável, apesar da pequena exposição, sofremos o revés da bolsa de valores. Estamos acompanhando atentamente o cenário e quando houver um pouco mais de previsibilidade, será o momento de aproveitar as oportunidades para seguir com as alocações programadas.
Vale ressaltar, que na estratégia de realização dos investimentos dos Planos, a Fundação sempre faz alocações prudentes e objetivando retornos de longo prazo e, sem prejuízo desta estratégia, acompanhar atentamente os movimentos de mercado e, reagir se necessário, de tal forma a alcançar os objetivos de rentabilidade do Plano.
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